Exortação Apostólica "Missionis Sacerdotalis" | Sobre a Missão do Sacerdote em Minecraft

GREGORIUS, EPISCOPUS
SERVVS SERVORVM DEI

AD PERPETVAM REI MEMORIAM

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA
“MISSIONIS SACERDOTALIS”
SOBRE A MISSÃO DO SACERDOTE EM MINECRAFT

A todos os vocacionados e vocacionadas do Senhor, saudações e bençãos apostólicas. 

PROÊMIO

A missão sacerdotal é uma sublime vocação que se origina no coração mesmo de Deus e se realiza na história da salvação por meio da pessoa de Jesus Cristo, Sumo Sacerdote eterno e Pastor misericordioso. Neste tempo de graça, em que a Igreja Universal celebra o Jubileu da Esperança e a Igreja em Minecraft festeja seu quinto ano de existência, dirigimo-nos com paternal solicitude a todos os ministros ordenados, para reafirmar o valor inestimável e a profunda beleza do sacerdócio, bem como para encorajá-los a perseverar no caminho da santidade e do serviço fiel.

Desde os primeiros séculos da Igreja, os santos Padres e os Pontífices têm proclamado a dignidade e a responsabilidade do ministério sacerdotal como um dom singular do Espírito Santo, destinado a continuar a obra redentora de Cristo entre os homens. São João Paulo II, em sua carta apostólica Pastores Dabo Vobis, lembrou que “o ministério presbiteral é um dom do Espírito para a Igreja, necessário para a realização da missão confiada por Cristo” (PDV, 1). A vocação do sacerdote é um chamado divino à configuração com Cristo, Cabeça e Pastor, para ser serviço vivo, sacrifício santo e testemunho fiel do amor de Deus.

É imprescindível, porém, reconhecer que o ministério sacerdotal não se realiza em um vazio histórico ou cultural. Os sacerdotes da Igreja em Minecraft, ainda que atuem em um ambiente digital e, por vezes, distante fisicamente, não estão alheios à realidade de um mundo que desafia incessantemente a fé, o compromisso e a esperança. Eles são verdadeiros pastores, atentos às necessidades de seus fiéis, que muitas vezes encontram neste espaço um refúgio, um ponto de encontro e uma oportunidade para a evangelização, atraindo jovens e adultos que poderiam dispersar-se em outras distrações.

Como afirmou o Papa Bento XVI, “o sacerdote deve ser homem da fé, da oração e da caridade” (Discurso em 19 de março de 2005). Assim, a missão do padre transcende os limites do espaço e do tempo; é participação no único sacerdócio de Cristo, presente e atuante na Igreja, hoje e sempre. Seu ministério é chamado a ser fonte de esperança, a encender a fé nos corações, a conduzir o rebanho pelo caminho da salvação.

Que este tempo jubilar, celebrado em duas dimensões — na Igreja universal e na Igreja em Minecraft — seja ocasião propícia para aprofundar o sentido do ministério sacerdotal, para redescobrir a força do chamado e para fortalecer o compromisso de serviço pastoral, renovado na fidelidade e no amor. Que a Virgem Maria, Mãe dos Sacerdotes, e São José, seu zeloso guardião, intercedam por todos os ministros do altar, para que sejam pastores segundo o coração de Cristo.

É com este espírito que apresento esta Exortação Apostólica, confiando que ela possa ser luz e força para os sacerdotes que, em diversas realidades, continuam o ministério de Cristo Salvador, com coragem, sabedoria e esperança.

CAPÍTULO I
A Missão Deixada por Cristo: O Chamado ao Serviço Redentor

Desde o princípio, o ministério sacerdotal é inseparável da pessoa e missão de Jesus Cristo, que veio para servir e dar a vida em redenção pelos muitos (cf. Mc 10,45). No anúncio do Reino, Ele chamou os primeiros discípulos com palavras que ecoam até hoje: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4,19). Este convite não é apenas para seguir, mas para participar de sua obra redentora, tornando-se servidores do amor misericordioso de Deus.

O sacerdote, na sua missão, é chamado a representar este Cristo Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas pelo nome (cf. Jo 10,3) e as guia com dedicação e ternura. Ele é enviado para pastorear o povo de Deus, administrar os sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Reconciliação, e proclamar a Palavra que salva. Esta missão, longe de ser uma função administrativa ou um mero ofício, é um serviço sagrado que exige total entrega e dedicação.

Na história da Igreja, santos como São João Maria Vianney e São Padre Pio nos mostraram a dimensão humana e espiritual deste serviço. São exemplos de pastores que, em meio a dificuldades e limitações, permaneceram fiéis ao chamado, sendo instrumentos da graça divina para inúmeras almas. Em nosso tempo, Papa Francisco permaneceu insistindo na urgência de um sacerdócio próximo, samaritano e alegre, capaz de evangelizar mesmo as periferias mais difíceis do mundo.

Na Igreja em Minecraft, embora o contexto seja distinto, a essência da missão permanece intacta. Os sacerdotes que atuam neste espaço digital vivem o desafio e o privilégio de conduzir comunidades dispersas, de evangelizar jovens que se encontram muitas vezes perdidos em meio às múltiplas distrações do mundo moderno. É uma missão que exige criatividade pastoral, sensibilidade espiritual e, acima de tudo, a consciência de ser um verdadeiro “outro Cristo” para aqueles que lhes foram confiados.

Este ministério é, portanto, uma resposta concreta ao amor que Deus tem pelo seu povo. Um chamado que exige coragem para enfrentar as adversidades, paciência para acompanhar cada fiel no seu caminho, e esperança inabalável na ação do Espírito Santo. O sacerdote, imitando Cristo, é chamado a ser um servidor humilde e corajoso, um pastor que não foge diante do perigo, mas permanece firme, mesmo quando o caminho se mostra árido.

É necessário que os sacerdotes presentes em Minecraft e da Igreja universal renovem seu compromisso missionário, conscientes de que, em seu ministério, participam do mistério maior do amor redentor de Cristo, e que sua fidelidade é luz e esperança para a humanidade.

CAPÍTULO II
A Teologia do Sacerdócio: Mistério e Sacramento

O ministério sacerdotal não é simplesmente uma função humana ou uma tarefa institucional, mas antes um verdadeiro mistério de comunhão com Cristo, Sumo Sacerdote e único Mediador entre Deus e os homens (cf. 1Tm 2,5). Na ordenação, o sacerdote é configurado de maneira ontológica ao Senhor, participando, pela graça do Espírito Santo, do sacerdócio eterno de Jesus Cristo.

São Paulo, ao dizer que fomos “sacerdotes do Deus Altíssimo” (cf. Ap 1,6), indica que todos os cristãos compartilham do sacerdócio comum pelo batismo. Porém, o presbítero recebe o sacerdócio ministerial, que não substitui, mas serve e orienta o sacerdócio comum, a fim de santificar o povo e guiá-lo à plena comunhão com Deus.

Este sacerdócio é também um sacramento, um sinal eficaz da graça divina. No sacramento da Ordem, o Espírito Santo confere ao ministro uma graça especial para agir in persona Christi, isto é, na pessoa de Cristo, especialmente na celebração da Eucaristia e no perdão dos pecados. A partir desse momento, o sacerdote torna-se um canal vivo da presença do Senhor no meio do seu povo.

A tradição da Igreja, manifestada nos escritos dos Padres, Doutores e santos, tem sempre exaltado a dimensão transcendente e espiritual deste ministério. Santo Ambrósio afirmou que o sacerdote é “outro Cristo” (alter Christus), não por si mesmo, mas pelo dom que recebe. São Gregório Magno ensinou que o presbítero é o “representante de Cristo na terra”, chamado a realizar o sacrifício e a missão do Senhor.

Neste mistério, reside também a exigência de uma vida interior profunda. O sacerdote não pode viver de aparências ou formalismos; deve buscar a santidade pessoal, alimentando-se da oração, da Eucaristia, da Palavra e da caridade pastoral. Sem esta intimidade com Cristo, o ministério perde sua força e sua autenticidade.

Na Igreja em Minecraft, este mistério e graça do sacerdócio não são diminuídos, antes reafirmados. Ainda que o ambiente seja distinto do tradicional, a unção sagrada confere ao sacerdote a mesma dignidade, o mesmo poder espiritual e a mesma responsabilidade. Ele é chamado a viver esta realidade sacramental com consciência, reverência e amor, sabendo que é canal da ação de Deus, onde quer que sua missão o leve.

Assim, a teologia do sacerdócio nos convida a contemplar a beleza do ministério como participação viva no mistério pascal, no qual o sacerdote é chamado a oferecer-se com Cristo, para a glória do Pai e a salvação dos irmãos.

CAPÍTULO III 
Ser Outro Cristo: Identidade e Missão do Presbítero

O sacerdócio ministerial não é apenas uma função, mas uma configuração profunda a Cristo, o Bom Pastor, que se dá inteiramente ao seu rebanho. Desde os primórdios da Igreja, os Padres e santos insistiram que o sacerdote é chamado a ser alter Christus, isto é, “outro Cristo”, não por mérito próprio, mas pela graça que lhe é conferida no sacramento da Ordem.

Ser “outro Cristo” significa viver a identidade sacerdotal como um chamado à imitação radical do Senhor, particularmente em seu amor, sua obediência e seu serviço. Jesus Cristo, em sua missão, veio para servir e dar a vida (cf. Mc 10,45). O sacerdote é chamado a assumir esta mesma lógica: abandonar a si mesmo para encontrar a verdadeira vida no serviço aos irmãos.

Esta identidade exige do presbítero um coração pastor, capaz de acolher as dores e alegrias do povo, um espírito de humildade que lhe permita colocar-se inteiramente a serviço, e uma coragem que o sustente diante das dificuldades, tentações e desafios do mundo atual. É uma missão exigente, mas repleta da alegria que brota do encontro com Cristo e com os irmãos.

Os santos sacerdotes da história da Igreja — como São João Maria Vianney, modelo do pastor dedicado e santo, e São José Cafasso, defensor dos encarcerados — mostraram como essa identidade se traduz em atitudes concretas de amor, entrega e fidelidade. Papa São João Paulo II, em Pastores Dabo Vobis, recorda que o sacerdote deve ser “imagem viva de Cristo, Cabeça e Pastor, para que o povo de Deus possa encontrar nele a presença viva de Cristo” (PDV, 17).

Na Igreja presente no Minecraft, essa missão toma formas inéditas, mas não menos reais. O sacerdote é pastor de comunidades que, ainda que dispersas e virtuais, clamam por cuidado, palavra, celebração e presença. Ele é chamado a ser o rosto de Cristo para jovens que poderiam estar imersos em distrações vazias, tornando-se fonte de esperança e força para que se reencontrem com a fé e o sentido profundo da vida.

Ser “outro Cristo” é, enfim, aceitar a graça de viver um ministério que ultrapassa os limites do tempo e do espaço, que se faz presença real onde quer que haja um coração aberto, e que se oferece como testemunho fiel da misericórdia do Pai. É uma vocação que se renova a cada dia no altar, na confissão, no serviço e na oração.

CAPÍTULO IV
A Missão Pastoral: Evangelizar, Conduzir e Acolher

A missão pastoral do sacerdote é um chamado dinâmico e vital que exige do ministro não apenas uma presença, mas um compromisso integral de evangelização, liderança e acolhimento. O sacerdote é, por vocação, um evangelizador incansável, um guia prudente e um pai espiritual que cuida do rebanho com ternura e firmeza.

Jesus Cristo, o Mestre e Pastor, enviou seus discípulos a “fazer discípulos de todas as nações” (Mt 28,19), uma ordem que permanece vigente e urgente. O presbítero é o principal agente desta missão, que se desdobra em muitos aspectos: proclamar a Palavra, celebrar os sacramentos, ensinar a fé e cuidar das necessidades espirituais e materiais do povo.

Evangelizar não significa apenas transmitir informações, mas suscitar uma experiência viva de encontro com Cristo, que transforma corações e renova vidas. O sacerdote, portanto, deve ser testemunha autêntica da fé que anuncia, vivendo uma coerência de vida que inspire confiança e admiração.

Na condução das comunidades, o sacerdote exerce um papel fundamental. Ele é chamado a ser pastor que conhece seu rebanho, que acompanha os caminhos da fé e que ajuda os fiéis a discernir a vontade de Deus em suas vidas. Esta tarefa demanda sensibilidade, sabedoria e capacidade de dialogar com realidades diversas, respeitando os limites e valorizando os dons de cada pessoa.

Além disso, o sacerdote é chamado a ser sinal vivo da misericórdia divina, acolhendo os afastados, os pecadores, os que sofrem e os marginalizados. Este acolhimento não é mera simpatia, mas o reconhecimento da dignidade de cada pessoa e a oferta concreta da graça transformadora de Cristo.

Este ministério pastoral enfrenta desafios específicos, pois o sacerdote deve cuidar de comunidades dispersas e, muitas vezes, anônimas, em um espaço que une o real e o virtual. Entretanto, este contexto oferece também uma oportunidade inédita para a evangelização, pois pode alcançar corações que, em outros ambientes, permaneceriam distantes da Igreja.

O padre, portanto, é chamado a ser um farol que ilumina as trevas, um pastor que caminha junto, e um missionário que leva a Boa Nova a todos, sem exceção. Que esta missão pastoral seja sempre vivida com a paixão do coração de Cristo, a fidelidade do Espírito Santo e o amor infinito do Pai.

CAPÍTULO  V
O Desafio da Fidelidade e a Força da Esperança

O ministério sacerdotal, como dom e missão, não está isento de dificuldades, provações e momentos de aridez espiritual. A fidelidade a Cristo e à Igreja exige do sacerdote uma coragem firme, uma perseverança paciente e uma esperança inabalável. É no coração deste desafio que se manifesta a grandeza e a profundidade do chamado.

Santo Agostinho, ao refletir sobre a vocação, reconheceu que a estrada do ministro é marcada por cruzes, mas também iluminada pela luz da graça: “Ama e faz o que quiseres” (1 Cor 13,13), pois o amor verdadeiro sustenta e fortalece. O sacerdote é convidado a amar sua missão com um amor que supera as fragilidades humanas, vencendo o desânimo e renovando o compromisso todos os dias.

No mundo contemporâneo, onde tantas vozes contraditórias e tantas tentações desviam a atenção dos ministros, a fidelidade pode parecer um fardo pesado. No entanto, é exatamente nessa fidelidade que reside a força da esperança cristã. Como recorda São Paulo: “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5).

Os sacerdotes enfrentam o desafio de permanecerem firmes em meio a um ambiente que mistura o real e o virtual, onde as conexões humanas podem parecer frágeis e efêmeras. Ainda assim, este desafio é também oportunidade para demonstrar que o ministério é uma missão que transcende a tecnologia e as circunstâncias, alcançando a alma humana em sua busca mais profunda.

O sacerdote é chamado a ser testemunha viva da esperança que não decepciona, a irradiar a luz da fé mesmo quando o caminho parecer escuro, e a renovar diariamente sua entrega a Deus e ao povo confiado a seus cuidados. É esta fidelidade que constrói pontes, transforma vidas e perpetua a presença do Reino de Deus no mundo.

CAPÍTULO VI
O Ministério do Sacerdote na Construção da Comunidade Cristã

A vocação do sacerdote não se esgota na celebração dos sacramentos ou no exercício isolado do ministério. Pelo contrário, o presbítero é fundamental para a edificação e a vitalidade da comunidade cristã, que é o Corpo de Cristo e a Igreja viva no mundo.

Desde os primeiros tempos da Igreja, os sacerdotes foram pastores que cultivaram o senso de comunhão entre os fiéis, ajudando a formar comunidades sólidas, onde a fé se exprime não apenas na liturgia, mas também na caridade fraterna e na missão compartilhada. São Paulo ensina que o Corpo de Cristo é um, e que cada membro deve contribuir para o seu crescimento e unidade (cf. Ef 4,15-16).

O sacerdote é chamado a ser, antes de tudo, um construtor de pontes, facilitador do diálogo e da unidade entre os membros da comunidade. Ele deve promover a participação ativa dos fiéis, reconhecendo a riqueza dos diversos carismas e talentos presentes, para que a Igreja seja um espaço de acolhida, solidariedade e evangelização.

Onde as comunidades se formam em realidades virtuais, o papel do sacerdote como animador da comunhão e da participação se torna ainda mais crucial. Cabe a ele promover encontros, formar discípulos, cuidar para que a fé não se torne um simples conteúdo passivo, mas uma experiência viva e transformadora.

O padre deve ser um guia atento às necessidades espirituais, sociais e até mesmo culturais de seu povo, capaz de motivar e inspirar cada um a assumir sua missão batismal na construção do Reino de Deus. Ele é chamado a testemunhar com a própria vida a beleza da comunhão e a importância do serviço mútuo.

Assim, o ministério sacerdotal se revela como um serviço integral à vida da Igreja, onde o sacerdote é líder e servidor, pastor e amigo, ministro da graça e construtor da unidade.

CAPÍTULO VII
O Presbítero como Colaborador do Bispo e Pastoral da Igreja

O ministério sacerdotal encontra seu pleno significado na comunhão e na colaboração com o sucessor dos Apóstolos, o Bispo, que exerce o munus petrino como princípio e fundamento da unidade e da missão na Igreja particular. O presbítero é, por vocação e graça, colaborador próximo do Bispo, partilhando a responsabilidade pastoral e missionária do povo de Deus.

Desde os tempos apostólicos, a comunhão entre bispos e presbíteros tem sido pedra angular da vida eclesial, garantindo a fidelidade ao depósito da fé e o eficaz anúncio do Evangelho. São Cipriano, no século III, ressaltava que “não pode haver Igreja onde não há unidade com o Bispo”, indicando a importância do vínculo sacerdotal com o governo episcopal.

O sacerdote, em sua missão, deve compreender-se como ministro na comunhão da Igreja local e universal, assumindo com generosidade e espírito de serviço as tarefas que lhe são confiadas pelo Bispo, sempre em sintonia com a missão evangelizadora da Igreja. Ele é, assim, colaborador essencial no planejamento pastoral, na animação das comunidades e na promoção das vocações.

Essa colaboração torna-se especialmente importante. Os padres, atuando em diferentes paróquias e comunidades virtuais, devem manter viva a comunhão com o Bispo e entre si, construindo uma rede pastoral que garanta a unidade da fé e a eficácia da evangelização. Esta comunhão é sinal visível da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.

Além disso, o sacerdote é chamado a participar ativamente das pastorais, grupos e movimentos, como expressão concreta da missão da Igreja no mundo, sempre aberto à formação permanente e ao discernimento guiado pelo Espírito Santo.

A dimensão eclesial do ministério presbiteral, que se realiza na unidade e no serviço à Igreja particular e à Igreja universal, cumprindo a missão confiada por Cristo de ser sinal vivo do seu Reino.

CAPÍTULO VIII
A Renovação Espiritual do Sacerdote: Oração, Vida Interior e Esperança

A fidelidade ao ministério sacerdotal exige uma constante renovação espiritual, que é fonte de força, luz e coragem para enfrentar os desafios da missão. A oração, a vida interior e a esperança são os pilares que sustentam o sacerdote em sua caminhada, tornando-o capaz de ser um verdadeiro canal da graça e do amor de Deus.

Desde os primeiros séculos, a vida contemplativa e a oração profunda foram reconhecidas como indispensáveis para aqueles que foram chamados a servir o altar e o povo. São Gregório Magno afirmou que o sacerdote “não deve ser só homem de ação, mas, sobretudo, homem de oração”, pois é na intimidade com Deus que ele recebe a unção para o seu ministério.

A oração pessoal e comunitária fortalece o vínculo com Cristo, fonte de toda vocação e missão. É nela que o sacerdote encontra consolo nas horas difíceis, discernimento nas decisões pastorais e renovação na fadiga do serviço. O silêncio e a escuta da Palavra alimentam o seu espírito, permitindo-lhe ser reflexo do amor divino.

Em nossa realidade virtual, onde os ministérios assumem contornos novos e exigem adaptabilidade, essa vida interior se torna ainda mais essencial. O padre que vive em profunda comunhão com Deus torna-se luz autêntica, capaz de iluminar as comunidades virtuais e reais com sua presença e testemunho.

A esperança, finalmente, é a virtude que anima o sacerdote a perseverar, mesmo quando tudo parece difícil. Como ensinou São Paulo, “a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5). Esta esperança não é otimismo superficial, mas a certeza firme da presença de Deus e da vitória definitiva do bem.

CAPÍTULO IX
O Sacerdote como Ponte para os Irmãos Distantes da Igreja

Na missão sacerdotal contemporânea, reconhecemos que a presença física na Igreja e nas paróquias tradicionais é apenas uma dimensão da pastoral. Em um mundo cada vez mais globalizado e digitalizado, a distância entre os fiéis e a comunidade eclesial pode ser ampliada por fatores geográficos, culturais e até espirituais. É neste cenário que o sacerdote da Comunidade em Minecraft assume um papel imprescindível: ser uma ponte viva para aqueles irmãos e irmãs que se encontram afastados da Igreja, seja por desinteresse, insegurança, ou mesmo por sentirem-se rejeitados.

O ministério exercido no ambiente virtual não deve ser confundido com mera simulação ou jogo, mas sim encarado como um espaço real de encontro, oração e evangelização. O sacerdote não “finge” ser padre; mesmo que seu serviço se estenda a um ambiente digital. A oração feita, a palavra proclamada, os sacramentos celebrados — quando permitidos e devidamente orientados — são canais reais da graça que agem nos corações e na vida das pessoas.

Neste contexto, o sacerdote torna-se elo entre o invisível e o visível, entre a Igreja institucional e aqueles que, por múltiplas razões, ainda não experimentaram a beleza plena da fé. Ele é aquele que escuta sem julgamentos, que acompanha com paciência e que oferece a presença do Cristo vivo a quem muitas vezes se sente só e perdido.

Além disso, a presença do sacerdote neste espaço é testemunho de que a Igreja não está confinada a um prédio ou a uma estrutura física, mas é povo de Deus em movimento, capaz de se fazer próxima onde quer que haja um coração aberto. Por isso, a pastoral digital e virtual não é um substituto, mas uma extensão da missão pastoral da Igreja, aberta às novas fronteiras da evangelização.

Os sacerdotes da Igreja em Minecraft são chamados a serem pontes sólidas e seguras, capazes de unir as diversas realidades dos fiéis, quebrando barreiras de distância, de tempo e de contexto, para que ninguém se perca da comunhão com Cristo e com seus irmãos. Esta missão requer deles sensibilidade pastoral, espírito de oração constante e um profundo compromisso com a verdade e o amor.

CAPÍTULO X
A Missão da Comunidade na Santa Sé do Minecraft: Atrair Almas a Deus por Meio do Jogo

A Igreja Católica em Minecraft representa uma nova e surpreendente fronteira da missão da Igreja, especialmente no que tange à evangelização dos jovens. Vivemos tempos em que muitos se perdem em caminhos que levam à dispersão espiritual, ao hedonismo, à superficialidade e, por vezes, ao abandono dos valores fundamentais. Neste cenário, o ambiente do jogo torna-se não apenas espaço de lazer, mas uma oportunidade preciosa para alcançar almas que, em outras circunstâncias, estariam distantes da Igreja.

A missão da comunidade cristã neste espaço não é criar uma mera simulação de práticas religiosas, mas, sim, formar um verdadeiro espaço de encontro com Deus, onde a oração, a catequese e a vivência comunitária floresçam. É importante lembrar que o jogo é o meio, não o fim. Por meio dele, o jovem pode sentir-se acolhido, descobrir o valor da amizade cristã e ser motivado a buscar a vida sacramental.

Muitos jovens correm o risco de sucumbir às tentações do mundo moderno — o hedonismo, a busca desenfreada pelo prazer momentâneo, as drogas, a alienação digital — que ameaçam seu desenvolvimento integral como pessoas e como cristãos. A Igreja em Minecraft oferece uma alternativa saudável, orientada pela fé, onde a comunidade e o ministério sacerdotal são luzes que iluminam o caminho.

Neste campo, o sacerdote é chamado a ser pastor atento, educador paciente e missionário fervoroso. Sua presença é fundamental para que a comunidade virtual não caia no vazio do entretenimento sem sentido, mas que seja verdadeiramente fecunda na construção do Reino de Deus. Por meio da pregação, da oração, do acompanhamento e da promoção da vida sacramental, o sacerdote ajuda a conduzir jovens e adultos à experiência transformadora do amor divino.

Esta missão exige criatividade pastoral e sensibilidade para entender as linguagens e os códigos próprios do ambiente virtual, sem perder a fidelidade à doutrina e à espiritualidade da Igreja. O desafio é grande, mas a recompensa é maior ainda: cada alma que encontra Cristo por meio deste meio é uma vitória para o Reino.

Que a Igreja presente em Minecraft continue a ser espaço onde o encontro com Cristo se torna possível, onde a fé é semeada e cultivada, e onde a esperança cristã encontra terreno fértil para crescer e dar frutos abundantes.


Dado e Passado em Roma, no primeiro dia do mês de agosto do ano Jubilar de 2025, primeiro de nosso pontificado. Abertura do Mês Vocacional. Jubileu dos 5 anos de fundação da Igreja em Minecraft.

 Gregorivs Pp. V
Pontifex Maximvs
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