GREGORIUS, EPISCOPUS
SERVVS SERVORVM DEI
AD PERPETVAM REI MEMORIAM
EVANGELIUM IN LOTORIBUS
PELA QUAL SE CRIA A DIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA
Aos eminentíssimos cardeais,
aos excelentíssimos bispos,
aos reverendíssimos presbíteros e diáconos,
aos membros dos institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica,
aos seminaristas e
a todos os leigos e leigas.
O Evangelho ressoou pelos litorais, alcançando os corações dos povos e marcando, com a graça divina, a história das cidades e civilizações. Desde os primórdios da evangelização, a Igreja tem lançado suas redes para as águas profundas, guiada pelo Espírito Santo, para anunciar a salvação de Cristo a todos os povos. Com essa mesma inspiração apostólica, voltamos agora nosso olhar para a amada cidade de São Salvador da Bahia, terra de fé e cultura, e reconhecemos a necessidade de fortalecer sua organização eclesial para que o rebanho de Cristo possa ser mais bem apascentado.
São Salvador da Bahia é um marco na história do estado da Bahia, sendo uma das cidades mais antigas e vibrantes desta terra. Suas praças e templos contam a trajetória de um povo que, ao longo dos anos, se formou na fé cristã, encontrando na Igreja um lar espiritual e um farol de esperança. Nas ruas e vielas, entre o canto dos fiéis e a devoção do povo, pulsa a alma religiosa de uma cidade que sempre esteve aberta à ação da graça divina. Não obstante, o crescimento demográfico, os desafios sociais e a complexidade pastoral exigem uma presença mais estruturada e próxima da Igreja, capaz de atender com solicitude às necessidades dos fiéis.
Assim, pela plenitude de nossa autoridade apostólica, DESMEMBRAMOS do território da Arquidiocese de Mariana, a região de São Salvador da Bahia e ERIGIMOS a Diocese de São Salvador da Bahia, dotando-a de personalidade jurídica própria e conferindo-lhe a missão de anunciar o Reino de Deus com ardor e fidelidade. Esta nova diocese nasce para ser uma Igreja viva, missionária e profética, fortalecendo a comunhão dos fiéis e promovendo a caridade entre os mais necessitados.
Como centro de sua vida espiritual e administrativa, designamos a Catedral do Santíssimo Salvador como sede episcopal, templo que será o coração pulsante da fé desta nova Igreja particular. No mesmo espírito de zelo apostólico, determinamos a criação de novas paróquias, o fortalecimento da formação dos futuros sacerdotes, a organização de pastorais e a implementação de obras sociais que manifestem o amor de Cristo no meio do povo.
Consciente da importância de uma sólida estrutura eclesial, solicitamos que no decorrer do período, se estabeleça o Colendo Cabido Catedralício de São Salvador da Bahia, corpo de clérigos que, em união com o bispo diocesano, zelará pelo esplendor da liturgia, pela dignidade da catedral e pelo suporte ao governo da diocese. Como outrora os cabidos foram luzes na evangelização e na cultura, assim também este há de ser um pilar espiritual e pastoral para a nova diocese.
Para a condução desta Igreja, nomeamos como seu primeiro Bispo Dom José Leandro, cuja dedicação ao ministério sacerdotal e prudência pastoral o tornam digno deste encargo. Que, sob sua guia, a Diocese de São Salvador da Bahia cresça em unidade e santidade, tornando-se um sinal autêntico do amor de Deus no meio de seu povo.
Colocamos esta nova diocese sob a especial proteção de Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador dos Homens, cuja cruz redentora trouxe a luz da salvação a todos os povos. Que, sob sua divina proteção, São Salvador da Bahia floresça em fé, esperança e caridade, sendo um farol da verdade evangélica para toda a região.
Aos sacerdotes, religiosos e leigos desta nova diocese, dirigimos palavras de ânimo e encorajamento, para que, com ardente zelo apostólico, trabalhem na edificação do Corpo de Cristo. Que esta Igreja particular seja um campo fecundo de evangelização, onde todos possam encontrar a alegria do Evangelho e a plenitude da vida cristã.
℟.: Graças a Deus.
Naqueles dias, os anjos insistiram com Ló, dizendo: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade”. Como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas – pois o Senhor tivera compaixão dele –, fizeram-nos sair e deixaram-nos fora da cidade. Uma vez fora, disseram: “Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás, nem te detenhas em parte alguma desta região. Mas foge para a montanha, se não quiseres morrer”. Ló respondeu: “Não, meu Senhor, eu te peço! O teu servo encontrou teu favor e foi grande a tua bondade, salvando-me a vida. Mas receio não poder salvar-me na montanha, antes que a calamidade me atinja e eu morra. Eis aí perto uma cidade onde poderei refugiar-me; é pequena, mas aí salvarei a minha vida”. E ele lhe disse: “Pois bem, concedo-te também este favor: não destruirei a cidade de que falas. Refugia-te lá depressa, pois nada posso fazer enquanto não tiveres entrado na cidade”. Por isso foi dado àquela cidade o nome de Segor. O sol estava nascendo, quando Ló entrou em Segor. O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. Destruiu as cidades e toda a região, todos os habitantes das cidades e até a vegetação do solo. Ora, a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. Abraão levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde antes tinha estado com o Senhor. Olhando para Sodoma e Gomorra, e para toda a região, viu levantar-se da terra uma densa fumaça, como a fumaça de uma fornalha. Mas, ao destruir as cidades da região, Deus lembrou-se de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou as cidades onde Ló havia morado.
℣.: Dá-me a tua bênção.
O sacerdote diz em voz baixa:
Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho ✠ e do Espírito Santo.
O diácono faz o sinal da cruz e responde:
℣.: Amém.
℣.: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho
℣.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.
O diácono ou o sacerdote diz:
℣.: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus.
℟.: Glória a vós, Senhor.
Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.
℣.: Palavra da Salvação.
℟.: Glória a vós, Senhor.
Depois beija o livro, dizendo em silêncio
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos.
℟.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
O sacerdote une as mãos e conclui:
Vós, que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo.
O povo responde:
℟.: Amém.
Pres.: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
℟.: O amor de Cristo nos uniu.
Em seguida, o sacerdote parte o pão consagrado sobre a patena e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio
O sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia na mão e, elevando-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice, diz em voz alta, voltado para o povo:
E acrescenta, com o povo, uma só vez:
℟.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.
Depois, segura o cálice e reza em silêncio e reverentemente comunga o Sangue de Cristo.
Em seguida, toma a patena ou o cibório, aproxima-se dos que vão comungar e mostra a hóstia um pouco elevada a cada um deles, dizendo:
℣.: O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
℟.: Amém.
Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, faça se a oração de comunhão espiritual antes e logo em seguida inicia-se o canto da Comunhão.
Enquanto se faz a purificação, o sacerdote reza em silêncio:
Pres.: O Senhor te cobrirá com sua sombra, sob suas asas encontrarás abrigo.
Então o sacerdote pode voltar à cadeira. É aconselhável guardar algum tempo de silêncio sagrado ou proferir um salmo ou outro cântico de louvor.
Em seguida, junto ao altar ou à cadeira, o sacerdote, de pé, voltado para o povo, diz de mãos unidas:
Pres.: Oremos.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Depois da comunhão.
Ao terminar, o povo aclama:
℟.: Amém.
Pres.: O Senhor esteja convosco.
℟.: Ele está no meio de nós.
℣.: Ide em paz, e glorificai o Senhor com vossa vida.
℟.: Graças a Deus.
Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita com os ministros a devida reverência, retira-se.